A reunião do Comitê de Negociação Sindical (Cones), realizada nesta quinta-feira (26) causou forte impacto nos sindicalistas presentes. O encontro presidido pela secretária de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, era para tratar da política remuneratória, mas foi uma decepção para ASTHEMG e para todos servidores do Estado. O governo, em mais um ano, decidiu dar zero de aumento para o funcionalismo.
Segundo o governo, não será possível dar nenhum reajuste geral, porque já foram consentidos outros aumentos específicos. Afirmaram ainda que foi comprometido mais de 56% além do que estava previsto para ser aplicado com a folha de pagamento.
O governo está considerando como aumento os 10% reajustados no valor da gratificação complementar, que passou de 40% para 50%, em agosto deste ano. Mas esse valor não agrega ao vencimento-base do trabalhador. Questionando sobre isso, o diretor da Asthemg, Carlos Augusto dos Passos Martins, explicou que quando foi assinado esse acordo no ano passado, o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, afirmou que a verba da gratificação seria específica e não sairia do montante do tesouro. Ele reforçou ainda que esse acordo foi feito em 2012 e que não tem motivo para que ele valha para este ano. Vilhena rebateu e foi incisiva ao dizer que o dinheiro vem de um bolo único e que o pagamento da gratificação saiu da verba do ano de 2013.
Carlos lembrou ainda que, no caso da Fhemig, para os médicos foi dado 50% de aumento, os servidores de nível fundamental estão com a remuneração vinculada ao salário mínimo, por isso terão reajuste automaticamente, já os funcionários do meio da pirâmide estão achatados. Então ele propôs que fosse aberta negociação a partir do que tem. Mas a secretária reforçou que todos os servidores tiveram reajustes e que não vai se comprometer em abrir novos índices de reajuste, pois não há dinheiro para isso.
ASTHEMG convoca paralisação – A diretoria da ASTHEMG decidiu convocar uma paralisação de advertência no dia 7/10, às 8h, com concentração em frente ao Hospital João XXIII. Logo em seguida será feita uma assembleia com os trabalhadores. A paralisação não será apenas pelo reajuste zero, mas pelas 30 horas, que a Fhemig se recusa a implantar, afirmando que fará somente após a criação dos cargos. Pelas promoções por tempo de serviço que não estão sendo consentidas e os retroativos da gratificação de emergência e da insalubridade que não foram pagos e a Fhemig nem sabe quando vai pagar. Chega de enrolação, os trabalhadores já estão cansados disso.