Na Assembleia dos Trabalhadores no dia 10/09, realizada pela ASTHEMG, os trabalhadores avaliaram a posição do Governo ocorrida na reunião do dia 18/08 na Seplag.
O governo, na referida reunião, não aceitou nossas reivindicações para o Plano de Carreira e também não apresentou nenhuma proposta.
Um total descaso com o acordo e o compromisso assinado em maio com o final da greve. Isso significa um enorme prejuízo para todos os trabalhadores, principalmente os que estão perto de se aposentarem.
Outro ponto avaliado foi a possibilidade, mesmo que remota, de realizar a redução da carga horária, de 40 horas para 30 horas sem redução de salário. O governo propôs a redução somente para alguns funcionários. Pasmem. Somente para alguns funcionários. Um grande absurdo.
Sem nenhuma base técnica, os representantes do governo, planejam fazer a redução apenas para os plantonistas do grupo PENF e TOS. E mesmo os PENF e os TOS somente aqueles que são plantonistas.
O Slogam do governo que foi: “ouvir para governar” mudou para “dividir para governar”
Ainda sobre redução de carga horária, o Governo fala em complementar o vencimento de quem faz as 30 horas para que se iguale ao vencimento daqueles que fazem 40 horas.
A avaliação dos trabalhadores é que isso é INACEIIIIIITÁVEL. Ou seja, os trabalhadores não querem complementação de vencimento, mas sim aumento do salário base proporcional ao de 40 horas.
“O que tá ruim pode ainda piorar” – As condições de trabalho estão de mal a pior
Outra discussão importante feita pelos trabalhadores são as condições de trabalho. Nós últimos anos, nunca estivemos condições tão ruins para trabalhar, foram as falas dos trabalhadores na assembleia. Excesso de serviço e falta de funcionários, foi denunciado por diversos representantes dos hospitais.
O resultado da falta de condições de trabalho é: adoecimento e várias licenças médicas. O que vira uma bola de neve, porque com as licenças médicas os que ficam trabalhando se submetem a uma condição ainda mais precária.
Somos tratados como mercadorias pela Fhemig. Se você enfartou recebe da Fhemig um adeus e o colega “rala” para te substituir. Se você apanhou no local de trabalho, também recebe um adeus da Fhemig e o colega que “rala” para te substituir.
Vejam apenas dois exemplos entre tantos:
Exemplo 1- no hospital João XXIII no mesmo setor, ambulatório de urgência, mais de 4 casos de infarto de funcionários durante o trabalho. Isso mesmo: durante o trabalho e no espaço de 30 dias.
Exemplo 2- no hospital Raul Soares foram 10 casos de agressões de pacientes aos funcionários em 1 mês. Você chega para trabalhar e apanha de paciente. Isso já é rotina no Raul.
Infartos, apanhar no local de trabalho, excesso de trabalho e um grande, grandíssimo descaso da Fhemig e do governo.
Você vai esperar ser o próximo a enfartar? Você vai esperar ser o próximo a apanhar no local de trabalho? Você que está perto de aposentar vai deixar o governo diminuir o seu salário? Você acha justo continuar com a carga horária estressante de 40 horas?
VAMOS REAGIR! FIQUE ATENTO AS PROGRAMAÇÕES DA ASTHEMG! PARTICIPE!