ASTHEMG SINDPROS cobram a reabertura da urgência do HOSPITAL ALBERTO CAVALCANTI

Ontem, 08/10, a ASTHEMG e SINDPROS estiveram na Cidade Administrativa em reunião com o Secretário de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo, para questionar o fechamento da urgência do Hospital Alberto Cavalcanti (HAC). Participaram da reunião o Deputado Estudual Rafael Martins, a assessora da Deputada Estadual Andréia de Jesus, Débora Guerra.

O Secretário de Saúde em falas controversas justificou o fechamento da urgência do HAC como sendo necessário para conter gastos e economizar recursos da Fhemig, mantendo o hospital atendendo apenas oncologia. Mas, também afirmou que a prefeitura de Belo Horizonte foi quem solicitou o fechamento do hospital retirando os médicos da prefeitura que trabalavam no hospital. Porém, O Dep. Rafael Martins rebateu essa última afirmação já que o próprio prefeito Kalil falou em uma coletiva de imprensa que se depender dele o hospital pode ser reaberto e que os médicos da prefeitura estão à disposição.

Carlos Martins, diretor da ASTHEMG e SINDPROS, ainda ressaltou que na grade da prefeitura de Belo Horizonte o hospital Alberto Cavalcanti consta como referência no atendimento de urgência da região Noroeste. E que antes do fechamento não houve nenhuma consulta ou discussão com a sociedade sobre o impacto para a população.

Os diretores da ASTHEMG e SINDPROS, Carlos Martins e Marcelino Jonas, também rebateram os dados apresentados pelo Secretário, em sua versão o HAC atendia 50 pessoas por dia. Essa informação não corresponde à realidade do hospital, que mesmo passando por desmonte executava cerca de 100 atendimentos. Para o Secretário melhorias no HAC já estão sendo implantadas, mas também foi desmentido por Marcelino Jonas que trabalha na unidade.

Marcelino ainda expôs casos de pessoas que procuraram o atendimento de urgência mesmo após o fechamento do HAC, casos como de uma senhora que teve parada cardíaca e não chegaria a tempo em unidades distantes.

O HAC foi fechado de forma irresponsável e sem prévio estudo pelo estado. A constatação veio quando o Secretário minimizou a importância do atendimento para região. Segundo ele deve ser feito uma análise para saber se “realmente” as pessoas da região noroeste precisam do atendimento e se a distância para buscar outras unidades como o  hospital Júlia Kubitschek no Barreiro não seria curta. Vale ressaltar que o atendimento de urgência contemplava 67 bairros e 300 mil pessoas.

Em meio às discussões o Secretário sinalizou rever o fechamento do HAC após reunião com a prefeitura, O Dep. Rafael Martins também ficou de agendar com o secretário de saúde Municipal de Belo Horizonte.

Nessa quarta-feira, dia 09/10, quando completa um mês que a urgência foi fechada, daremos entrada ao processo judicial, junto com o deputado Rafael Martins, pedindo a reabertura da urgência do Hospital Alberto Cavalcanti.

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