GREVE CONTINUA NO CARNAVAL POR INTRANSIGÊNCIA DO GOVERNO

A greve continua! Diante muita indignação os trabalhadores da Fhemig votaram pela continuidade da greve. É inaceitável o que a Seplag quer fazer com os grevistas. Eles camuflam em termos jurídicos a intenção clara de cortar os dias de greve através da ajuda de custo.
Com grande cobertura da mídia os trabalhadores concentraram na porta do hospital João XXIII e na parte da tarde realizaram uma Assembleia Geral onde foi lido a proposta de acordo enviada pelo Governo.
Os trabalhadores da rede Fhemig, que estão há 36 dias de greve, votaram por manter o movimento grevista. Isso devido à intransigência do Governo de Minas em querer manter uma proposta punitiva aos trabalhadores. Realizada nessa tarde, 20/02, a Assembleia Geral dos Trabalhadores da Fhemig foi unânime, a greve continua mesmo no carnaval.
Infelizmente pontos fundamentais da proposta de acordo ainda permanecem sem clareza para os grevistas. Em um dos termos o governo propões criar uma comissão onde, em 60 dias, será feito um estudo para avaliar a possibilidade de reajuste salarial. Os trabalhadores consideraram um prazo muito longo para um estudo que pode chegar a lugar nenhum. Os servidores pediram, então, que fosse feito esse estudo em 30 dias. Foi negado pelo Governo.

Outro ponto crítico trata da tentativa de punir os grevistas. Em um dos termos do acordo o Governo deixa claro a intenção de cortar os dias parados dos trabalhadores, por meio da gratificação de Ajuda de Custo. Essa gratificação representa até 60% da remuneração de muitos trabalhadores. Essa tentativa é meramente punitiva. A greve é um direito do trabalhador, foi declarada legal pela justiça e nenhum paciente ficou desassistido durante nesse período devido à greve.
Portanto, os trabalhadores manterão a greve por tempo indeterminado. Sendo mantida uma escala que compreende 100% nos setores de urgência, CTI, UTI, bloco cirúrgico de urgência e setores de internação a escala será de 100%. Nos demais setores irá variar de 50% a 70%.
Ainda assim poderá trazer transtorno para os pacientes no carnaval. Isso devido às condições precárias dos hospitais da rede. Em especial o Pronto Socorro João XXIII. Mesmo antes da greve os trabalhadores já denunciavam a falta de leitos, super lotação, equipamentos quebrados (como o tomógrafo), leitos interditado, falta de macas, falta de médicos e funcionários entre muitos outros problemas gerenciais e estruturais. 

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