Hoje os trabalhadores do Hospital Alberto Cavalcanti realizaram um ato em protesto contra a morte da técnica de enfermagem, Maria Aparecida de Andrade, vítima da COVID-19. Os trabalhadores do hospital também prestaram uma homenagem a colega que mesmo com todos os riscos não deixou de cuidar da população.

A Maria Aparecida de Andrade, servidora pública, pertencia ao grupo de risco, portadora de hipertensão e doença cardíaca. Mas, mesmo assim NÃO FOI LIBERADA DO SERVIÇO pela Fhemig. Os colegas que trabalham no hospital Alberto Cavalcanti estão em pânico. Isso porque o governo Zema não disponibilizou testes para os profissionais da saúde que trabalham com restrição de equipamentos de pproteção básicos.
Durante o ato, com cobertura da mídia, os trabalhadores denunciaram também a falta de EPI’s, a recusa da Fhemig em liberar trabalhadores que são do grupo de risco e principalmente em recusa em realizar o teste para COVID-19 nos funcionários dos hospitais, mesmo aqueles que tiveram contato com outros funcionários infectados.
Na portaria do hospital os trabalhadores fixaram faixas, cartazes que se dividiam em demonstrar o apreço pela colega de trabalho vítima do COVID-19 e cobranças para a gestão da Fhemig e Governo de Minas exigindo segurança no combate ao vírus para os trabalhadores do hospital.
O protesto finalizou com todos balançando balões brancos e prestando a homenagem a Maria Aparecida e cantando: “A Cida não vai passar, por que está dentro do meu coração”, enquanto balançavam a faixa com os dizeres “existem pessoas que são eternas dentro da gente, e você, Cida, será sempre lembrada por todos nós do HAC.”

Justiça investigará situação no Alberto Cavalcanti a pedido da ASTHEMG SINDPROS
Hoje também a ASTHEMG e SINDPROS entraram com um pedido na Justiça do Trabalho em decorrência das medidas do Governo Minas e Fhemig no combate ao Coronavírus e expondo os trabalhadores ao risco.
O Procurador do Ministério Público do Trabalho mandou instaurar nova notícia de fato para investigar situação do Hospital Alberto Cavalcanti diante do relato por parte do SINDPROS de falecimento de servidora por Covid19.
É uma tristeza que os profissionais da saúde não tenham a assistência devida do Governo de Minas e se transformem em tragédias enquanto tentam salvar a população. Estamos dispostos a salvar vidas, mesmo correndo riscos, pois esta e nossa missão, mas não vamos perder nossas vidas por incompetência ou negligência dos gestores da saúde.