Os trabalhadores da Fhemig, em manifestação, confirmaram hoje (1º/09) a resistência contra a política de saúde da negligência que o governo Zema colocou em prática desde o começo da pandemia de Covid 19.
“Nossa luta começou antes da pandemia, contra este governo e por uma saúde de qualidade”, disse o presidente do SINDPROS, Carlos Augusto Martins, acrescentando que seis profissionais da Fhemig já vieram a óbito devido às condições precárias de trabalho e à falta de testagem preventiva dos profissionais da linha de frente da Covid.
A afirmação do sindicalista foi feita durante ato de protesto, na manhã desta terça-feira, no qual os servidores dos hospitais públicos de Minas Gerais se juntaram aos funcionários da segurança pública e da educação, em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Enquanto os trabalhadores se reuniram às centenas do lado de fora da ALMG, os deputados dariam início à votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, que altera, com prejuízo, os direitos previdenciários de todas as categorias de servidores.
O aumento do tempo para os trabalhadores se aposentarem e a elevação do desconto para a previdência, que atingem em cheio os servidores da saúde e que seriam votados de forma remota pelos deputados foram criticados pelos SINDPROS.
O Sindicato denuncia que os trabalhadores do serviço público de saúde serão duramente penalizados com os projetos enviados pelo governo à Assembleia, caso sejam aprovados pelos deputados.
O SINDPROS destaca que os servidores dos hospitais públicos já cumprem jornada exaustiva e a demora na aposentadoria é mais sofrida para eles que serão também atingidos com o aumento das alíquotas da previdência nos salários na faixa de R$ 2500,00.
“Eles entraram com as propostas aqui na assembleia acreditando que em função da pandemia, não haveria uma reação. Eles não acreditaram que viríamos para cá lutar e faríamos reação na rua contra a reforma. Não acreditaram que faremos a resistência que for necessário. E hoje estamos provando que somos capazes de fazer essa resistência e de nos unirmos. E estamos provando que, apesar dos trabalhadores continuarem trabalhando na linha de frente da pandemia, conseguimos vir para cá fazer o enfrentamento e não no Whatsapp e nas redes sociais”, disse Carlos.
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Reforma é votada em 1º turno – A LUTA CONTINUA
Durante o movimento dos servidores na ALMG, aconteceu a votação em 1º turno da reforma da Previdência, sendo aprovada por 51 votos. O governo precisava de 48 votos entre os 76 deputados estaduais. Ainda acontecerá a votação em 2º turno.
Representantes das entidades sindicais, juntamente com as deputadas Andréa de Jesus e Beatriz Cerqueira, realizaram uma reunião para discutir as próximas ações do movimento buscando reverter esse resultado.
Um dos encaminhamentos será pressionar os deputados que votaram a favor da reforma que prejudica os servidores públicos. Será exposto o nome de cada deputado para que os servidores cobrem deles uma posição contra a reforma.
DEPUTADOS QUE VOTARAM CONTRA OS TRABALHADORES E A FAVOR DA REFORMA DO ZEMA:
Alencar da Silveira Jr. (PDT)
Antonio Carlos Arantes (PSDB)
Arlen Santiago (PTB)
Bartô (Novo)
Betinho Pinto Coelho (Solidariedade)
Bosco (Avante)
Braulio Braz (PTB)
Bruno Engler (PRTB)
Carlos Henrique (Republicanos)
Carlos Pimenta (PDT)
Celise Laviola (MDB)
Charles Santos (Republicanos)
Coronel Henrique (PSL)
Coronel Sandro (PSL)
Cássio Soares (PSD)
Dalmo Ribeiro (PSDB)
Delegada Sheila (PSL)
Delegado Heli Grilo (PSL)
Doorgal Andrada (PATRI)
Doutor Paulo (PATRI)
Duarte Bechir (PSD)
Fábio Avelar (Avante)
Gil Pereira (PSD)
Glaycon Franco (PV)
Guilherme da Cunha (Novo)
Gustavo Mitre (PSC)
Gustavo Santana (PL)
Gustavo Valadares (PSDB)
Hely Tarquinio (PV)
Inácio Franco (PV)
Ione Pinheiro (DEM)
João Magalhães (MDB)
João Vítor Xavier (Cidadania)
Laura Serrano (Novo)
Leandro Genaro (PSD)
Leonídio Bouças (MDB)
Luiz Humberto Carneiro (PSDB)
Léo Portela (PL)
Neilando Pimenta (PODE)
Noraldino Júnior (PSC)
Professor Irineu (PSL)
Professor Wendel Mesquita (Solidariedade)
Raul Belém (PSC)
Repórter Rafael Martins (PSD)
Roberto Andrade (Avante)
Rosângela Reis (PODE)
Sávio Souza Cruz (MDB)
Tadeu Martins Leite (MDB)
Tito Torres (PSDB)
Zé Guilherme (PP)
Zé Reis (PODE)