TRABALHADORES DO HOSPITAL JOÃO XXIII CONSEGUEM REABERTURA DE AMBULATÓRIO

Nesta terça-feira, 13/10, às 7 horas da manhã os trabalhadores da enfermagem do ambulatório do Hospital João XXIII, decidiram não entrar para trabalhar para não serem coniventes com uma situação que vem perdurando de precarização das condições de trabalho e assistência ao paciente. 
Em mais uma mobilização dos trabalhadores junto com a ASTHEMG e do SINDPROS os funcionários permaneceram concentrados na porta do hospital, chamando a atenção da imprensa enquanto aguardavam uma reunião com a direção do hospital.
Apesar  dos trabalhadores terem por diversas vezes, neste período de 3 meses, comunicado a Fhemig sobre os problemas do ambulatório a Gestão da Fhemig alegou para imprensa que não tinha conhecimento da situação caótica do ambulatório do Pronto Socorro João XXIII.
Ora, que gestão hospitalar é essa que ignora o que acontece dentro do maior pronto socorro do estado de Minas Gerais ?
Por volta de 10 horas, a diretora do Hospital, Luciana Carvalho, se reuniu com uma comissão dos trabalhadores. Após longo debate e discussão entre os trabalhadores, a Diretora do HPS aceitou acatar de imediato algumas das reivindicações dos trabalhadores, como: 
A reabertura da sala 7 (ambulatório que estava fechado), colocação de biombos na sala de sutura onde mulheres e homens estão alocados juntos e a continuidade da discussão com o agendamento de uma reunião entre a ASTHEMG, SINDPROS, Fhemig e Seplag.
Após a reunião com a diretora, por volta das 14h, os trabalhadores decidiram assumir os serviços. Os trabalhadores vão aguardar os encaminhamentos propostos pela diretora.
Por que os trabalhadores do hospital João XXIII  mobilizaram?
Nos últimos meses, a gestão do hospital, sob responsabilidade da Fhemig, tem feito mudanças no espaço de atendimento dos pacientes que os colocam em risco. A situação de caos foi definitivamente instalada no João XXIII com o fechamento de um ambulatório (Sala 7).
O corredor lotado coloca em proximidade arriscada pacientes comuns e aqueles em tratamento de covid-19. Neste corredor, também os trabalhadores da assistência trabalham sob tensão redobrada, divididos entre a responsabilidade de dar medicação e de administrar a própria calma e a dos pacientes expostos nos corredores ou amontados nas macas do ambulatório.
Outro grave problema é a sobrecarga de trabalho em função do quadro reduzido de funcionários. Chegando ao ponto de 5 técnicos cuidarem de 70 pacientes. Reivindicando assim contratação de funcionários.
O fechamento de ambulatórios e o fato de ter acumulado todas as sete clínicas em um único ambulatório, pode levar os profissionais a cometerem erros. Aumentam os riscos da medicação ser feita de forma errada, além da possibilidade de descontrole das prescrições e dos exames a serem feitos nos pacientes o que coloca em risco a integridade dos mesmos.   
Outro retrocesso no HPS foi o fechamento da sala de sutura  onde eram acolhidas mulheres e crianças. Esses pacientes perderam o espaço que lhes garantia mais privacidade e agora são cuidadas juntamente com os pacientes homens.

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