SEM TRANSPARÊNCIA. Vacinação na Fhemig aponta falhas e gera questionamentos

Funcionários do 4º, 5º e 7º andares do Hospital João XXIII fizeram protesto na tarde desta quarta-feira (27/01) exigindo vacinação contra a covid. Ao denunciar que trabalhadores da Fhemig, sem a prioridade prevista para quem está em contato direto com pacientes, estão recebendo a vacina, os profissionais expõem a falta de organização no processo de imunização conduzido pela Fhemig. Veículos de imprensa acompanharam a manifestação.

Apesar da orientação, tanto do Ministério da Saúde quanto da Prefeitura ser clara, de que o primeiro lote da vacina contra a covid-19 deveria ser para os trabalhadores da linha de frente, em contato direto com os pacientes, não é o que temos visto na Fhemig.

Vários trabalhadores têm reclamado que, apesar de estarem trabalhando em setores com pacientes com suspeita ou diagnóstico de covid, não foram vacinados. Enquanto isso, chegam informações de que profissionais que não estão na linha de frente estão sendo vacinados.

Mesmo nos setores onde os trabalhadores estão sendo vacinados, há aqueles que estão de férias ou afastados não estão sendo vacinados. Sendo que em outros hospitais, todos estão sendo vacinados, mesmo os que estão de férias. De fato, é incoerente não vacinar quem está de férias, uma vez que o funcionário vai voltar para o trabalho e ficar exposto à contaminação.

Já os afastados do grupo de risco, o correto é que fossem vacinados para quem pudessem assumir o serviço.

Também existem denúncias de que os primeiros vacinados no João XXIII não receberam o comprovante de vacinação.

Após duas semanas de iniciado o processo de vacinação, os trabalhadores de Enfermagem do Hospital João XXIII, do sétimo, do quarto e do quinto andares também não foram vacinados, apesar de estarem na linha de frente. Inclusive no quarto e no sétimo andar, há pacientes internados com covid. E há relatos de que outros trabalhadores que não estão em contato direto com pacientes já foram vacinados.

Diante desta grave situação, de aflição e justa expectativa de imunização contra a covid pelos trabalhadores, a ASTHEMG e o SINDPROS encaminharam ofício ao presidente da Fhemig solicitando que seja feita a vacinação de todos os profissionais que estão lidando diretamente com o paciente. Solicitamos também a vacinação de todos os profissionais, mesmo que estejam de férias e os afastados do grupo de risco.

Reforçamos a solicitação à presidência da Fhemig para que haja transparência nesse processo de vacinação, identificando publicamente os trabalhadores já vacinados por meio do nome de cada um, do Masp do funcionário, da função, do setor e do hospital em que trabalham.

O ofício destaca a necessidade desta providência por parte da Fhemig tendo em vista a quantidade de denúncias sobre as pessoas que furam a fila de vacinação e que estão sendo investigadas pelo Ministério Público – pessoas que não são da linha de frente ou nem mesmo profissionais de saúde.

Veja outros pontos de destaque do ofício enviado à Fhemig por SINDPROS e pela ASTHEMG:

Todos os profissionais que trabalham diretamente com pacientes sejam vacinados, de forma imediata. Inclusive os de férias, já que irão retornar assumindo as funções de risco.

Sejam também vacinados os funcionários de licença do grupo de risco, para que possam retornar assumindo suas funções sem correrem risco, aumentando assim o número de funcionários trabalhando.

Solicitamos também, diante das dúvidas levantadas quanto a licitude do processo de vacinação realizada pela Fhemig, um relatório sobre quais trabalhadores da rede que foram vacinados nesta primeira etapa.

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