Governo Zema tenta, de novo, impor privatização no HRAD

Há dois anos a ASTHEMG denunciava a intenção do governo Zema de colocar a iniciativa privada para gerenciar os hospitais da Fhemig por meio das chamadas organizações sociais (OS).

Pois a ameaça continua. Nesta quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021, o governo publicou edital para que uma empresa privada administre o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD) de Patos de Minas. Essa unidade da Fhemig atende a cerca de 700 mil pessoas de 33 municípios.

É o primeiro caso de organização social em hospital público estadual que o governo Zema tenta emplacar em plena pandemia de Covid-19 – enquanto a população está acuada à espera das vacinas que chegam a conta-gotas.

O edital do governo não exige que a empresa que queira disputar a licitação do HRAD já seja uma Organização Social, uma espécie de qualificação que uma empresa privada precisa adquirir. Ou seja, uma empresa que saia vencedora do edital pode se “qualificar” depois que já estiver no controle do Hospital.

A Fhemig se destaca por ser uma Fundação que gerencia o maior número de hospitais públicos no Brasil. Hoje o maior problema da fundação são os gestores que são indicações políticas que impede uma gestão qualificada e eficiente do serviço de saúde. Como a ASTHEMG e o SINDPROS vem denunciando.

O edital de Zema para a OS em Patos de Minas prevê 20 anos de transferência da gestão para a iniciativa privada e o pagamento é de 80 milhões de reais podendo ser aumentado em mais 79 milhões no decorrer das duas décadas.

As OSs pelo Brasil possuem um longo histórico de denuncia de fraudes e desvio do dinheiro público da saúde. Além também da deterioração do atendimento, onde limitou o serviço nos hospitais, falta de contratação e até mesmo medicamentos. No Rio de Janeiro, por exemplo, as OSs levaram o sistema público de saúde ao colapso.

VAMOS REAGIR

Mas a tentativa do governo Zema não vai em frente porque não vamos permitir a privatização do HRAD ou de qualquer hospital da Fhemig. Vamos resistir, ainda que a covardia do governo imponha esta luta em plena pandemia de coronavírus

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