Ontem, 21/11, ocorreu uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa, na comissão Participação Popular, para discutir a situação dos hospitais da rede Fhemig e as ameaças de terceirização de todo o serviço da rede. Os deputados que compuseram a comissão foram Beatriz Cerqueira, Professor Cleiton, Ana Paula Siqueira e Virgílio Guimarães. A ASTHEMG e SINDPROS, diretor Carlos Martins, fez parte da bancada de discussão juntamente com os representantes do Sind-Saúde, do Conselho Estadual de Saúde, da CUT e do sindicato dos Médicos. A Fhemig enviou duas representantes Diana Martins Barbosa, diretora da contratualização e Carolina Santos Lages, chefe de gabinete da Fhemig.

Em uma audiência participativa e acalorada a Fhemig não conseguiu justificar a escolha pelas OSs. Durante a discussão o Dep. Estadual Professor Cleiton direcionou as representantes da Fhemig uma série de perguntas sobre as consequências da implantação das OSs. Inclusive citou que em várias cidades onde as OSs foram implantadas o sistema de saúde entrou em colapso, trazendo prejuízo para assistência , para os trabalhadores e população.
Outra pergunta também feita pelo Dep. Cleiton, de forma direta para a representante da Fhemig foi: se realmente a intenção da Fhemig é implantar a terceirização ou existiria uma possibilidade da Fhemig rever essa posição.
A resposta da, chefe de gabinete da Fhemig, Carolina Santos Lages, foi direta: A Fhemig vai implantar as OSs nas suas unidades assistenciais. A decisão já está tomada e faz parte do plano do governo. Carolina ainda completou dizendo que o Governo Zema foi eleito para isso.
Nesta hora houve uma reação onde todos os deputados presentes criticaram a postura intransigente da Fhemig, em terceirizar os serviços sem aceitar nenhuma discussão como os setores representantes da saúde, trabalhadores e do povo, que a Assembleia Legislativa.
A Deputada Beatriz Cerqueira ainda rebateu essa fala da Fhemig e lembrou a Carolina Lage que: da mesma forma que Zema foi eleito com um discurso da implantação da OS, os 77 deputados estaduais da Assembleia Legislativa também foram eleitos, e muitos deles, com uma opinião contrária ao governo. O fato de Zema ter sido eleito não lhe dá o direito de fazer o que quiser com a saúde pública. Beatriz ainda completou afirmando que tem certeza que a maioria das pessoas que votaram no Zema nem sabem o que é OS e não sabiam da intenção dele de acabar com os hospitais públicos.
Por fim, os deputados propuseram que a presidente da Fhemig realize uma reunião com os representantes dos sindicatos e dos deputados, para então, reabrir uma discussão. As representantes da Fhemig, após consultarem representante do Governo, aceitaram a proposta, ficando então de agendar a reunião.
Temos que ficar atentos! A Fhemig pretente fazer a toque de caixa essas mudanças, independentemente se vai ou não prejudicar os trabalhadores. Além do prejuízo que será para a população na qual terá a precarização dos serviços que os prestamos, caso passe para as Oss.
Zema ontem a noite foi a público confirmar que irá passar os hospitais para iniciativa privada. Os trabalhadores precisam aderir a luta e junto como sindicato intensificar a mobilização.