PARALISAÇÃO E GREVE – A FORÇA DOS TRABALHADORES DOS HOSPITAIS DA FHEMIG

TODOS CONTRA ZEMA! Essa foi a fala dos trabalhadores da Fhemig na assembleia geral convocada pelo SINDPROS e com a participação da ASTHEMG, na última quinta-feira (19/10). Contou com grande presença dos trabalhadores das Fhemig e transmissão ao vivo pelo canal da ASTHEMG no YouTube. A participação dos trabalhadores refletiu a revolta com a atual gestão da Fhemig e do Governo Zema. Carlos Martins, presidente do SINDPROS, iniciou a assembleia discutindo com os trabalhadores os pontos da pauta de reivindicações. Veja o resumo:

Foi esclarecido que não há nada definido para os trabalhadores da Fhemig. Carlos explicou que o Estado já recebeu o dinheiro do Governo Federal, mas que o governo Zema e o Secretário de Saúde, tem veiculado na mídia falsas promessas do pagamento do piso.

A situação é ainda pior. Na rede Fhemig não foi esclarecido como o valor será pago: Será incorporado no vencimento básico? Será pago retroativo? Quais profissionais serão contemplados?

Vale lembrar que na Fhemig, os auxiliares de enfermagem, os técnicos de enfermagem e os enfermeiros são todos considerados PENF – Profissionais de Enfermagem.

Carlos reafirmou que o SINDPROS e a ASTHEMG continuam cobrando do Governo de Minas, que discuta com os trabalhadores o pagamento do piso. Apesar dos pedidos de reunião, o Governo tem se recusado a dialogar com o SINDPROS e a ASTHEMG.

Os trabalhadores concluíram que:

não podem acreditar no Governo, pois foi falsa a afirmação do Secretário de Saúde, feita em agosto de 2023, que o pagamento do piso já seria feito em setembro/23;

não aceitarão valores ridículos, como o de R$ 50,00 que tem sido divulgado.

A greve dos plantonistas contra o plantão a mais (exigido de forma ilegal pela Resolução Seplag/Fhemig n.º 10790/2023) continua forte. A greve iniciada em 20/08/23, já teve a adesão de muitos trabalhadores, totalizando mais de 1.200 plantões de greve.

Além da greve o SINDPROS e a ASTHEMG, entraram na justiça com 2 pedidos de liminar pedindo a suspensão imediata do plantão a mais. As ações estão em fase de análise pelo juiz.

Zema inventou um “jeitinho” (exigindo o plantão a mais) para obrigar os servidores da Fhemig compensarem os dias de férias, não contratar mais profissionais e não pagar hora extra.

Os trabalhadores decidiram que continuarão fortes na adesão à greve do plantão a mais e aumentarão a pressão contra o governo, ampliando a greve para todos os plantões.

Carlos esclareceu mais uma vez que a opção de redução para 30 horas só não aconteceu ainda por vontade política da Seplag, Fhemig e Zema. Desde 2020 a ASTHEMG e SINDPROS tem reivindicado nas reuniões e nas pautas de greve o direito de opção de redução para 30 horas.

A Seplag e Fhemig tem inventado uma nova desculpa a cada dia para enrolar os trabalhadores, dentre elas:

necessidade de estudos técnicos; aprovação da Advocacia Geral, de aprovação do COFIN; troca de gestão na Fhemig e agora a imposição do plantão a mais.

O SINDPROS e a ASTHEMG continuarão lutando para a conquista da redução para 30 horas, que só será vitoriosa com luta e pressão de TODOS os trabalhadores na rua.

A luta pelo reajuste salarial é pauta dos trabalhadores da Fhemig. Carlos Martins, explicou que os sindicatos e entidades do funcionalismo se unirão para lutar pelo reajuste salarial e que estão sendo programadas atividades conjuntas.

Os trabalhadores entenderam que a luta pelo reajuste salarial envolve todos os servidores públicos. É impossível aceitar que o governador tenha 300% de aumento, enquanto servidores ativos e aposentados passam necessidades com o salário defasado.

Outra pauta bomba preparada pelo Governo Zema é o RRF – Regime de Recuperação Fiscal. O Projeto de Lei que pretende:

CONGELAR POR 9 ANOS os salários, promoções, progressões, quinquênios, ADE, além aumentar o valor do IPSEMG, aumentar as exigências para a aposentadoria, privatizar as empresas públicas, entre outras ações que destruirão os serviços públicos. Na Fhemig, o RRF ainda irá facilitar a entrada das OSs e “demissão dos efetivos’’ a bem do serviço público.

Essa proposta do governo Zema vai afetar também os serviços públicos e os direitos dos cidadãos mineiros, pois o Estado deverá cumprir um pacote fechado de exigências, como: a proibição de concursos, congelamento de salários, venda de estatais (Cemig e Copasa) e proibição de novos investimento nas áreas sociais.

A ASTHEMG e o SINDPROS têm participado ativamente da luta contra o RRF, que é uma pauta conjunta do funcionalismo. A participação dos trabalhadores da Fhemig será fundamental.

Os trabalhadores da fhemig estão no limite e exigem do governo Zema:

Esse é o início do movimento que culminará na GREVE POR TEMPO INDETERMINADO!

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